terça-feira, 31 de maio de 2016

O projeto Protagonistas do futuro vira TCC de professora.

PROTAGONISTAS DO FUTURO: como educar para o empreendedorismo.

Elizabeth Silva de Melo¹


RESUMO: Esta pesquisa bibliográfica e de campo, traz respaldo para acreditar em uma educação para o empreendedorismo. Este artigo apresenta alguns aspectos da Pedagogia Empreendedora e oferece sugestões de como educadores podem trabalhar com uma Pedagogia que liberta, que não prive os jovens do conhecimento e dos sonhos e, educar para o empreendedorismo, se tornando protagonistas de um projeto educacional de longo alcance. Além disso, explica o objetivo de uma metodologia voltada para o desenvolvimento social sustentável e suas contribuições para a educação, apresenta os resultados de projetos realizados nas escolas públicas municipais de São José dos Campos. Sobretudo, pretendo mostrar que a educação empreendedora é como uma preparação para as exigências e oportunidades futuras, cria um ambiente cultural favorável para isso, através de conhecimento e ferramentas que o aluno poderá utilizar para chegar a seus objetivos, através da mediação do professor conforme as necessidades e perfil de sua turma, promovendo-se a verdadeira educação: aquela que prepara o ser humano para bem viver e conviver com a sua sociedade. Neste sentido, o artigo apresenta exemplos de como se daria a mediação no ambiente escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia. Empreendedorismo. Educação.


1 Introdução

A educação tradicional não oportuniza grandes ideias, não dá a abertura para grandes saberes serem discutidos. Como podemos trabalhar com uma Pedagogia que liberta, que não prive os jovens do conhecimento e dos sonhos? Qual é o objetivo da Pedagogia Empreendedora neste respeito? Como educar para o empreendedorismo? Como ser protagonista de um projeto educacional de grande alcance?
Todos nós, educadores, temos a missão de educar para a vida. Esta pesquisa pretende orientar professores sobre como fazer isso de um modo que não reprima a criatividade e a capacidade de cada indivíduo, como o educador pode ser protagonista de um projeto educacional de grande alcance, utilizando de uma metodologia que pretende trazer para a educação básica um momento curricular em que o tema central seja o desenvolvimento da consciência de que cada um de nós possui o direito de sonhar e a capacidade de buscar a realização dos seus sonhos.
Todos temos um pouco de empreendedorismo dentro de nós. A maneira como a escola oportuniza isso faz toda a diferença no desenvolvimento de habilidades que formam e transformam os jovens em verdadeiros empreendedores. Reprimi-los com uma pedagogia cega e restritiva é um desperdício de talento e desenvolvimento, tanto pessoal como econômico para a sociedade. Precisam, para tanto, sonhar e acreditar ser possível realizar seus objetivos, seus sonhos. Jovens que são capazes de sonhar com o futuro e acreditar que podem aprender a empreender são também capazes de transformar a sociedade que o cerca numa realidade diferente. Educadores têm papel fundamental no desabrochar desses talentos. Acreditar que temos em nossas mãos empreendedores em potencial que podem fazer as coisas acontecerem, direciona nosso olhar para uma pedagogia que liberta e abre portas.
O objetivo deste artigo é pesquisar e aprofundar os conhecimentos sobre as contribuições que a Pedagogia Empreendedora tem para a educação e como os educadores podem educar para o empreendedorismo; Estudar a proposta da Pedagogia Empreendedora; Pesquisar como o educador pode desenvolver a emoção do educando e levá-lo a transformar-se e transformar sua vida; Identificar o perfil de um educador que está focado em educar para a vida; Esclarecer a necessidade de estimular o sonho; Discutir a necessidade e a exigência da sociedade atual de educar para o empreendedorismo; Aprofundar os conhecimentos teóricos sobre como desenvolver o potencial dos alunos para serem empreendedores em qualquer atividade que escolherem e apresentar exemplos de realidades que já trabalham com a metodologia proposta por Fernando Dolabela.
Este estudo tem como principais objetivos discutir a necessidade e a exigência da sociedade atual de Educar para o empreendedorismo, os resultados que a pedagogia empreendedora pode ter nos jovens e como educadores podem educar para o empreendedorismo. Assim, ficou definido como modalidades da pesquisa qualitativa, a pesquisa bibliográfica e de campo.
A pesquisa bibliográfica foi feita por levantamento de materiais publicados em livros de Fernando Dolabela, e artigo científico publicado na internet que discute o tema. Os passos foram de análise interpretativa e síntese pessoal.
A pesquisa de campo foi realizada por meio de entrevistas não-diretivas, de forma mais livre, espontânea e descontraída, como uma conversa com alunos e uma professora que trabalhou diretamente com esse tipo de metodologia. Escolhi duas escolas de ensino fundamental da cidade de São José dos Campos que adotou a Pedagogia Empreendedora dos Sonhos: a EMEF Profª Maria Amélia Wakamatsu e a EMEF Profª Sônia Maria Pereira da Silva. Foram selecionados alunos que tiveram participação significativa na elaboração e execução de projetos e/ou trabalhos relacionados à Pedagogia dos Sonhos.

2 A metodologia da pedagogia empreendedora

A Pedagogia Empreendedora é uma metodologia de ensino de empreendedorismo para a Educação Básica: crianças e jovens dos quatro aos dezessete anos, ou seja, da educação infantil até o ensino médio. Foi desenvolvida por Fernando Dolabela (2003, p. 55), que teve o intuito de estimular o sonho e a realização de sonhos no país, desenvolver o espírito de aprender a empreender, de realização do sonho e de planejamento e busca de estratégias para alcançar os objetivos traçados. É vinculada a tecnologias de desenvolvimento local, sustentável, por isso tem como alvo o indivíduo e a comunidade.
Estimula a capacidade de escolher quais sonhos o aluno deseja alcançar, sem influenciar as suas decisões, preparando-o para fazer suas próprias escolhas, pensar suas próprias estratégias de resolução de problemas e obstáculos que talvez surjam durante o trajeto de realização do sonho. Cabe ao aluno, e somente a ele, fazer opções profissionais e decidir que tipo de empreendedor irá ser.
Engloba o saber-ser e saber-fazer. Com uma abordagem humanista, a metodologia tem como tema central não somente o enriquecimento pessoal, mas também a preparação do indivíduo para participar ativamente da construção do desenvolvimento social, com vistas à melhoria de vida da população e eliminação da exclusão social.
Essa metodologia utiliza, como elemento, o professor da própria instituição, que conhece a cultura da “casa” e dos alunos. Não há um passo-a-passo: a metodologia é recriada pelo professor na sua aplicação, respeitando a cultura da comunidade, dos alunos, da instituição, do próprio professor. Apoia-se na geração do sonho coletivo, na construção do futuro pela comunidade e, tem como alvo, a construção de um empreendedorismo capaz de gerar e (principalmente) distribuir, renda conhecimento e poder.
A proposta de Dolabela (2003, p. 93), lança ao aluno o desafio de seguir o Mapa do Sonho, de definir o seu sonho, o que se quer ser e fazer, e mobilizar os conhecimentos necessários para realizá-lo. O professor é convidado para a missão de animador, inventor de recursos. O autor e criador da metodologia afirma que o espírito empreendedor é um potencial de qualquer indivíduo e necessita de condições para produzir efeitos, como a democracia, a cooperação e a estrutura de poder.
A Pedagogia Empreendedora, tem como fundamento o princípio que a pessoa que sonha, e que busca realizar esses sonho, coloca em jogo um espiral de energia que dá rumo e sentido à sua vida. Além disso, alimenta um processo de evolução pessoal.


Em um primeiro momento, o aluno desenvolve um sonho, um futuro onde deseja chegar, estar ou ser. Em um segundo momento, ele busca realizar o sonho e, para isso, se vê motivado a aprender o necessário a esse objetivo. O objeto da Pedagogia Empreendedora é estimular e preparar o aluno para sonhar e buscar a realização do sonho. (DOLABELA, 2003, p. 55)


2.1 O papel do professor

Segundo Dolabela (2003, p. 103), na Pedagogia Empreendedora, a ênfase no autoaprendizado não diminui o papel do educador, mas aumenta sua importância, pois cabe a ele ampliar as referências e fontes de aprendizado e redefinir o próprio conceito do saber. A mudança em relação ao ensino convencional é a posição do professor como detentor do saber, assim como as estratégias para a aquisição do saber empreendedor.
A metodologia da Pedagogia Empreendedora não cria a necessidade de especialistas para a sua aplicação. Porém, é disseminada por meio da preparação de docentes que já participam da rede de ensino formal. Assim, o agente da Pedagogia Empreendedora é o professor.
Na Pedagogia Empreendedora, papel do educador é de alguém que provoca o desequilíbrio nas relações do aluno com o mundo, por meio de perguntas, desafios, questionamentos, ao mesmo tempo que oferece apoio para que o aluno, diante de conflitos cognitivos, consiga desenvolver uma ação autoorganizadora.
 A Pedagogia Empreendedora foi aplicada com sucesso em diferentes escolas, cidades e contextos. Vou citar aqui, os resultados do trabalho em escolas de ensino público do município de São José dos Campos, estado de São Paulo.

2.2 A pesquisa de campo nas escolas municipais

Quero mencionar, a título de exemplo, a EMEF Maria Amélia Wakamatsu, escola da periferia da zona leste do município de São José dos Campos, que realiza este trabalho com alunos do 1º ao 9º ano. A escola, assim como todas as outras do ensino municipal, conta com um caderno de atividades que são direcionadas pelo professor. O Mapa dos sonhos é o caderno do aluno, onde ele irá descrever: o que é o seu sonho e como irá transforma-lo em realidade.
Uma das atividades que eu direcionei com o 5º ano do ensino fundamental I, em 2011, foi “Viagem de férias”. Essa atividade é uma simulação de planejamento de uma viagem e tem como objetivo valorizar o planejamento na preparação de uma atividade.
A classe foi dividida em grupos de até cinco participantes. Propus que os grupos “arrumassem” várias malas para diferentes viagens, por exemplo: uma semana na praia, uma semana num acampamento, uma semana numa fazenda etc. Após as discussões, o grupo deveria registrar o que levaria em cada viagem. Cada equipe expôs o que listou. Feita as comparações, refletimos sobre a bagagem organizada para cada viagem. Os alunos entenderam que é necessário planejamento, pois, se esquecessem de algumas coisas, poderiam ser prejudicados de alguma forma. Sentiram a necessidade de gerar capital para a realização da viagem e de pensar como fariam isso. Refleti com eles a necessidade de pensar nos custos com transporte e alimentação: o custo total das refeições que fariam e, um capital extra para comprar lembrancinhas do lugar visitado.
“Precisarei guardar toda a minha mesada durante um ano, e ainda precisaria encontrar um jeito de ganhar mais dinheiro. Eu poderia olhar minha sobrinha enquanto minha tia trabalha. Teria de saber quanto ela me pagaria para saber quanto tempo eu precisaria trabalhar. Assim, eu teria um dinheiro extra. Tudo isso só para fazer uma viagem de um final de semana para o Rio de Janeiro, mas vale a pena porque eu sonho conhecer aquele lugar.” (Fernanda Gabriele Júlio Renato, 10 anos, aluna do 5º ano do ensino fundamental I da EMEF Profª Maria Amélia Wakamatsu em 2011).
Terminada todas essas etapas, refleti com o grupo todo: O que colocariam na mala para a busca de realização de seus sonhos? As respostas lhes ajudaram a refletir na necessidade de planejar os sonhos, buscar meios para realizá-los, pessoas que poderiam ajudá-los, o capital necessário e o que fariam para conseguir esse capital.
“Eu colocaria muita determinação, muita garra, muito estudo e muito trabalho para eu conseguir ser médico veterinário” (Robert Júnior Vilela, 10 anos, aluno do 5º ano do ensino fundamental I da EMEF Profª Maria Amélia Wakamatsu em 2011). 
Um outro exemplo de condições para produzir efeitos, onde há a democracia, a cooperação e a estrutura de poder, é o que acontece em outra escola da rede municipal de ensino de São José dos Campos. A EMEF Profª Sônia Maria Pereira da Silva, além de realizar este trabalho com o material já mencionado, realiza um projeto, montado e acompanhado pela professora Sandra Regina de Souza, que oferece oportunidades aos alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental de sonhar, experimentar, resolver problemas, estabelecer metas, planejá-las, delegar responsabilidades e cumpri-las. Este projeto é uma variação do projeto Pedagogia Empreendedora, implantado pela rede municipal, que trouxe excelentes resultados. O título do projeto é “Protagonistas do Futuro” e acontece por bimestre, durante todo o ano letivo.
A professora Sandra justificou a escolha e criação deste projeto por mencionar que “procurar soluções para questões educacionais é sempre um desafio para os educadores. Pois, as mudanças em nossa sociedade são rápidas demais. A cada segundo nos chegam novas informações. Em nossa escola a rotatividade dos professores desde que foi inaugurada permanece. A construção da identidade de nossa escola é um dificultador . Por esse motivo acredito que este projeto vislumbra dar uma identidade para nossa escola, dando funcionalidade.”
Sandra teve como objetivo formar alunos cidadãos conscientes e responsáveis pelo próprio futuro, fazendo da sala de aula um laboratório de experiências profícuas. Mais especificamente, seu objetivo é: tornar o aluno autônomo nas decisões da sala de aula, conscientes da responsabilidade pela sua aprendizagem.
O trabalho em corresponsabilidade entre alunos x alunos, alunos e professores, alunos e equipe de liderança da escola, possibilitou que os alunos aprendessem a trabalhar em grupo lidando com as diferenças de cada um. Houve espaço para que os alunos mostrassem seus talentos e habilidades escondidos.
“Tornar o aluno consciente do seu dever com relação com o cumprimento das suas responsabilidades e ciente do seu direito de ter uma excelente aula, garantia a participação ativa, dando voz e vez a todos os alunos na sala de aula” afirmou Sandra, “além de criar espaço para a criatividade deles”.
O projeto consiste na criação e montagem de quatro grupos na sala de aula que assumem as atividades propostas; as mesmas serão alternadas durante o ano letivo, a cada bimestre, por entre os grupos da sala, que terão assim garantido o acesso ao conhecimento por diferentes pontos de vista. Cada sala de aula terá os quatro grupos que serão monitorados pelo professor responsável.
O professor responsável entrega uma planilha de registros para as equipes responderem no final de cada mês, onde os alunos registram as atividades apresentadas pelo seu grupo naquele mês, ou justifica a não apresentação; relatam as atividades feitas por cada um dos integrantes e seus cargos (Presidente, Vice-presidente, Secretário(a), Tesoureiro(a), Relações Públicas, Redator, Suplentes). Precisam relatar os problemas surgidos no grupo; o grupo responde perguntas que possibilita ao próprio grupo se autoavaliar: O grupo participa de todas as atividades na sala de aula? Senta em grupo nos trabalhos desenvolvidos pelos professores? Limpa e organiza a sala nas equipes de limpeza estipuladas pelo professor responsável? Traz material necessário para as aulas quando os professores requisitam? O objetivo é ter o controle dos trabalhos e saber como os grupos estão caminhando para oferecer sugestões ou orientações.
Os integrantes do grupo devem, ainda, ficar atentos às faltas dos colegas para que não extrapolem e tenham que fazer reposição de aula no bimestre. Devem relacionar os alunos faltosos do grupo, justificar suas faltas e avisar o professor responsável para que o mesmo encaminhe para a Orientação Educacional antes de extrapolar o máximo permitido no mês ou bimestre.
As vantagens desse projeto para a escola foram: Primeiro, os alunos já estão organizados entre si para os trabalhos em grupo. Segundo, os próprios alunos monitoram suas faltas e são corresponsáveis por manter a Orientação Educacional informada das faltas dos colegas de classe, auxiliando o professor de sala de aula. Terceiro, os próprios alunos cobram a responsabilidade de trazer os materiais necessários para serem desenvolvidos os trabalhos de cada matéria. Quarto, os próprios alunos tomam consciência de seu comportamento com relação aos colegas, professores e direção. Quinto, os próprios alunos controlam a devolução dos livros da Sala de Leitura e materiais da escola (livros didáticos etc.).
Essa metodologia deu aos alunos da Escola Sônia Maria, autonomia de pensar e fazer, idealizar e realizar; deu-lhes consciência de suas responsabilidades e de ser responsável por um papel dentro de um grupo.


Por seu turno, o empreendedor coletivo tenta provocar mudanças que conduzem à  sustentabilidade, à autossuficiência, ou seja, seu trabalho busca tornar dinâmicas as potencialidades da comunidade, criando condições para que seus membros sejam protagonistas, através de redes de cooperação internas e externas, na construção do seu próprio desenvolvimento. (DOLABELA, 2003, p.48)


 2.3 A feira do jovem empreendedor

O município de São José dos Campos tem sido exemplo neste respeito. Todo ano é realizada a Feira do Jovem Empreendedor. Esta feira tem como objetivo principal incentivar a cultura empreendedora junto ao público jovem, sedimentando esse traço cultural de São José dos Campos. Durante seis dias de evento, há a apresentação e divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes, com foco no empreendedorismo, possibilitando espaços de informação, interação e oportunidades de negócios. Os estudantes da escola municipais trabalham focados na elaboração de um projeto voltado para o desenvolvimento social sustentável. No ano de 2011, os alunos do Ensino Fundamental II da EMEF Profª Maria Amélia Wakamatsu, trabalharam na confecção de uma chave com luz embutida para facilitar o acesso à maçaneta durante a noite e, assim, evitar demorar na porta da casa e não dar margens a assaltos. Já no ano de 2012, os alunos trabalharam na confecção de um alarme com trava para bicicletas. Antes, porém, realizaram uma pesquisa entre alunos e professores, se comprariam um equipamento desse tipo, se caso existisse. Depois de uma resposta positiva da comunidade escolar, se debruçaram na construção do projeto. Assim, todas as escola municipais envolvidas na Feira do Jovem Empreendedor, tiveram uma estande para apresentar seus projetos ao público, com direito à votação da população do melhor projeto do ano. 
Com ampla visão de oportunidades e um objetivo integrado ao cenário atual agrega-se ao evento: estimular em cada indivíduo que acredita na possibilidade de ser empreendedor, a inspiração para encontrar as devidas saídas e soluções para um grande desafio, contribuindo assim, para a transformação da realidade por meio do ato de empreender, oferecendo valores positivos à coletividade.
A Feira do Jovem Empreendedor conta com sete estandes, com mais de 90 projetos desenvolvidos por alunos de instituições públicas e particulares de São José dos Campos. Em 2012, esses trabalhos foram selecionados por uma comissão técnica do Centro de Educação Empreendedora (CEDEMP) e concorreram ao prêmio Profissional do Futuro 2012 na categoria Ensino Médio e Técnico.

3 Considerações finais

Este artigo pretendeu apresentar alguns aspectos da educação empreendedora e como se dá a atuação do educador mediador na formação de um cidadão bem preparado para enfrentar os desafios e ser bem sucedido diante das oportunidades.
Pretendeu-se explicitar qual é o papel fundamental da educação para o empreendedorismo, para que se desenvolva um perfil comportamental nos alunos, que serão futuros cidadãos, bem sucedido como profissionais comprometidos com a sociedade.  
A educação é o principal fator responsável pelo desenvolvimento de uma pessoa e, consequentemente, de um país. Já o empreendedorismo é uma excelente ferramenta que auxilia a pessoa a crescer como cidadão e profissionalmente, através de pró-atividade, encarar dificuldades e a busca da inovação. É de suma importância a criação da cultura empreendedora nas instituições de ensino.
Diante do que foi abordado, o principal objetivo deste artigo é apresentar algumas características da Pedagogia Empreendedora, como é aplicada na rede regular de ensino, em especial, nas escola públicas municipais da cidade de São José dos Campos e os resultados positivos.
A metodologia da Pedagogia Empreendedora visa à importância do empreendedorismo dentro do contexto educacional, motivando o aluno a ter iniciativa, aceitação de risco, autoconfiança, espírito de equipe, liderança, entre outros perfis comportamentais e não se aplicando apenas métodos da educação tradicional. É preciso proporcionar ao aluno condições para que possa aprender e entender o seu meio profissional, questionando, pesquisando e descobrindo maneiras de se tornar um profissional competente, com visão empreendedora.

REFERÊNCIAS

DOLABELA, Fernando. A oficina do empreendedor. São Paulo: Cultura, 1999.

DOLABELA, Fernando. Empreendedorismo - A Viagem do Sonho. Cultura Editores, AED, São Paulo, 2002.

DOLABELA, Fernando. Pedagogia Empreendedora. São Paulo, Cultura, 2003

GIORGINO, Paula dos S.; FORTES, Amanda A.; SILVA, Aline F. P.; ROSA, Adriano C. M. Empreendedorismo e Educação: Estudos dos Pilares Educacionais. In: VIII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO DA FATEC, 2012, Guaratinguetá. Disponível em: <http://www.excelenciaemgestao.org/Portals> Acesso em: 01 mar. 2013

APÊNDICE A - Roteiro de entrevista dos alunos
Atividade “Viagem do sonho” do projeto Pedagogia Empreendedora dos Sonhos, realizada por mim com os alunos do 5º ano do ensino fundamental I da EMEF Profª Maria Amélia Wakamatsu em 2011:
O que você colocaria na mala para a busca de realização do seu sonho?

APÊNDICE B – Roteiro de entrevista com professor

Entrevista com a professora Sandra Regina de Souza, da EMEF Sônia Maria Pereira da Silva em 2010:
Por que você decidiu elaborar este projeto?
Quais foram os problemas que você encontrou nessa instituição que a motivou a buscar meios de solucioná-los?
O que você esperava quando elaborou o projeto “Protagonistas do futuro?”
Quais eram seus objetivos?
Quais foram os passos do projeto?
Quais resultados você observou?

Agradecimentos

Agradeço aos alunos das escolas Profª Maria Amélia Wakamatsu e Profª Sônia Maria Pereira da Silva, da rede municipal de São José dos Campos, participantes dos projetos Pedagogia Empreendedora dos Sonhos e Protagonistas do Futuro. Agradecimento especial à professora Sandra Regina de Souza pelos depoimentos.
Agradeço, acima de tudo, a Deus por permitir a realização desta especialização e à família que, incondicionalmente, ofereceu seu apoio.

São José dos Campos, 19 de março de 2013