PROTAGONISTAS DO FUTURO: como
educar para o empreendedorismo.
Elizabeth
Silva de Melo¹
RESUMO: Esta pesquisa bibliográfica e de campo, traz
respaldo para acreditar em uma educação para o empreendedorismo. Este artigo
apresenta alguns aspectos da Pedagogia Empreendedora e oferece sugestões de
como educadores podem trabalhar com uma Pedagogia que liberta, que não prive os
jovens do conhecimento e dos sonhos e, educar para o empreendedorismo, se tornando
protagonistas de um projeto educacional de longo alcance. Além disso, explica o
objetivo de uma metodologia voltada para o desenvolvimento social sustentável e
suas contribuições para a educação, apresenta os resultados de projetos
realizados nas escolas públicas municipais de São José dos Campos. Sobretudo,
pretendo mostrar que a educação empreendedora é como uma preparação para as
exigências e oportunidades futuras, cria um ambiente cultural favorável para
isso, através de conhecimento e ferramentas que o aluno poderá utilizar para
chegar a seus objetivos, através da mediação do professor conforme as
necessidades e perfil de sua turma, promovendo-se a verdadeira educação: aquela
que prepara o ser humano para bem viver e conviver com a sua sociedade. Neste
sentido, o artigo apresenta exemplos de como se daria a mediação no ambiente
escolar.
PALAVRAS-CHAVE:
Pedagogia. Empreendedorismo. Educação.
1
Introdução
A educação tradicional não
oportuniza grandes ideias, não dá a abertura para grandes saberes serem
discutidos. Como podemos trabalhar com uma Pedagogia que liberta, que não prive
os jovens do conhecimento e dos sonhos? Qual é o objetivo da Pedagogia
Empreendedora neste respeito? Como educar para o empreendedorismo? Como ser
protagonista de um projeto educacional de grande alcance?
Todos nós, educadores, temos
a missão de educar para a vida. Esta pesquisa pretende orientar professores
sobre como fazer isso de um modo que não reprima a criatividade e a capacidade
de cada indivíduo, como o educador pode ser protagonista de um projeto
educacional de grande alcance, utilizando de uma metodologia que pretende
trazer para a educação básica um momento curricular em que o tema central seja
o desenvolvimento da consciência de que cada um de nós possui o direito de
sonhar e a capacidade de buscar a realização dos seus sonhos.
Todos temos um pouco de
empreendedorismo dentro de nós. A maneira como a escola oportuniza isso faz
toda a diferença no desenvolvimento de habilidades que formam e transformam os
jovens em verdadeiros empreendedores. Reprimi-los com uma pedagogia cega e
restritiva é um desperdício de talento e desenvolvimento, tanto pessoal como
econômico para a sociedade. Precisam, para tanto, sonhar e acreditar ser
possível realizar seus objetivos, seus sonhos. Jovens que são capazes de sonhar
com o futuro e acreditar que podem aprender a empreender são também capazes de
transformar a sociedade que o cerca numa realidade diferente. Educadores têm
papel fundamental no desabrochar desses talentos. Acreditar que temos em nossas
mãos empreendedores em potencial que podem fazer as coisas acontecerem,
direciona nosso olhar para uma pedagogia que liberta e abre portas.
O objetivo deste artigo é
pesquisar e aprofundar os conhecimentos sobre as contribuições que a Pedagogia
Empreendedora tem para a educação e como os educadores podem educar para o
empreendedorismo; Estudar a proposta da Pedagogia Empreendedora; Pesquisar como
o educador pode desenvolver a emoção do educando e levá-lo a transformar-se e
transformar sua vida; Identificar o perfil de um educador que está focado em
educar para a vida; Esclarecer a necessidade de estimular o sonho; Discutir a
necessidade e a exigência da sociedade atual de educar para o empreendedorismo;
Aprofundar os conhecimentos teóricos sobre como desenvolver o potencial dos
alunos para serem empreendedores em qualquer atividade que escolherem e
apresentar exemplos de realidades que já trabalham com a metodologia proposta
por Fernando Dolabela.
Este estudo tem como
principais objetivos discutir a
necessidade e a exigência da sociedade atual de Educar para o empreendedorismo,
os resultados que a pedagogia empreendedora pode ter nos jovens e como
educadores podem educar para o empreendedorismo. Assim, ficou definido como
modalidades da pesquisa qualitativa, a pesquisa bibliográfica e de campo.
A pesquisa bibliográfica foi
feita por levantamento de materiais publicados em livros de Fernando Dolabela, e
artigo científico publicado na internet que discute o tema. Os passos foram de
análise interpretativa e síntese pessoal.
A pesquisa de campo foi
realizada por meio de entrevistas não-diretivas, de forma mais livre,
espontânea e descontraída, como uma conversa com alunos e uma professora que
trabalhou diretamente com esse tipo de metodologia. Escolhi duas escolas de
ensino fundamental da cidade de São José dos Campos que adotou a Pedagogia
Empreendedora dos Sonhos: a EMEF Profª Maria Amélia Wakamatsu e a EMEF Profª
Sônia Maria Pereira da Silva. Foram selecionados alunos que tiveram
participação significativa na elaboração e execução de projetos e/ou trabalhos
relacionados à Pedagogia dos Sonhos.
2
A metodologia da pedagogia empreendedora
A Pedagogia
Empreendedora é uma metodologia de ensino de empreendedorismo para a Educação
Básica: crianças e jovens dos quatro aos dezessete anos, ou seja, da educação
infantil até o ensino médio. Foi desenvolvida por Fernando Dolabela (2003, p.
55), que teve o intuito de estimular o sonho e a realização de sonhos no país,
desenvolver o espírito de aprender a empreender, de realização do sonho e de
planejamento e busca de estratégias para alcançar os objetivos traçados. É
vinculada a tecnologias de desenvolvimento local, sustentável, por isso tem
como alvo o indivíduo e a comunidade.
Estimula a
capacidade de escolher quais sonhos o aluno deseja alcançar, sem influenciar as
suas decisões, preparando-o para fazer suas próprias escolhas, pensar suas
próprias estratégias de resolução de problemas e obstáculos que talvez surjam
durante o trajeto de realização do sonho. Cabe ao aluno, e somente a ele, fazer
opções profissionais e decidir que tipo de empreendedor irá ser.
Engloba o
saber-ser e saber-fazer. Com uma abordagem humanista, a metodologia tem como
tema central não somente o enriquecimento pessoal, mas também a preparação do
indivíduo para participar ativamente da construção do desenvolvimento social,
com vistas à melhoria de vida da população e eliminação da exclusão social.
Essa
metodologia utiliza, como elemento, o professor da própria instituição, que
conhece a cultura da “casa” e dos alunos. Não há um passo-a-passo: a
metodologia é recriada pelo professor na sua aplicação, respeitando a cultura
da comunidade, dos alunos, da instituição, do próprio professor. Apoia-se na
geração do sonho coletivo, na construção do futuro pela comunidade e, tem como
alvo, a construção de um empreendedorismo capaz de gerar e (principalmente)
distribuir, renda conhecimento e poder.
A proposta de
Dolabela (2003, p. 93), lança ao aluno o desafio de seguir o Mapa do Sonho, de
definir o seu sonho, o que se quer ser e fazer, e mobilizar os conhecimentos
necessários para realizá-lo. O professor é convidado para a missão de animador,
inventor de recursos. O autor e criador da metodologia afirma que o espírito
empreendedor é um potencial de qualquer indivíduo e necessita de condições para
produzir efeitos, como a democracia, a cooperação e a estrutura de poder.
A Pedagogia
Empreendedora, tem como fundamento o princípio que a pessoa que sonha, e que
busca realizar esses sonho, coloca em jogo um espiral de energia que dá rumo e sentido
à sua vida. Além disso, alimenta um processo de evolução pessoal.
Em um primeiro momento, o aluno desenvolve um
sonho, um futuro onde deseja chegar, estar ou ser. Em um segundo momento, ele
busca realizar o sonho e, para isso, se vê motivado a aprender o necessário a
esse objetivo. O objeto da Pedagogia Empreendedora é estimular e preparar o
aluno para sonhar e buscar a realização do sonho. (DOLABELA, 2003, p. 55)
2.1
O papel do professor
Segundo
Dolabela (2003, p. 103), na Pedagogia Empreendedora, a ênfase no
autoaprendizado não diminui o papel do educador, mas aumenta sua importância,
pois cabe a ele ampliar as referências e fontes de aprendizado e redefinir o
próprio conceito do saber. A mudança em relação ao ensino convencional é a
posição do professor como detentor do saber, assim como as estratégias para a
aquisição do saber empreendedor.
A metodologia
da Pedagogia Empreendedora não cria a necessidade de especialistas para a sua
aplicação. Porém, é disseminada por meio da preparação de docentes que já participam
da rede de ensino formal. Assim, o agente da Pedagogia Empreendedora é o
professor.
Na Pedagogia
Empreendedora, papel do educador é de alguém que provoca o desequilíbrio nas
relações do aluno com o mundo, por meio de perguntas, desafios, questionamentos,
ao mesmo tempo que oferece apoio para que o aluno, diante de conflitos
cognitivos, consiga desenvolver uma ação autoorganizadora.
A Pedagogia Empreendedora foi aplicada com
sucesso em diferentes escolas, cidades e contextos. Vou citar aqui, os resultados
do trabalho em escolas de ensino público do município de São José dos Campos,
estado de São Paulo.
2.2
A pesquisa de campo nas escolas municipais
Quero
mencionar, a título de exemplo, a EMEF Maria Amélia Wakamatsu, escola da
periferia da zona leste do município de São José dos Campos, que realiza este
trabalho com alunos do 1º ao 9º ano. A escola, assim como todas as outras do
ensino municipal, conta com um caderno de atividades que são direcionadas pelo
professor. O Mapa dos sonhos é o caderno do aluno, onde ele irá descrever: o
que é o seu sonho e como irá transforma-lo em realidade.
Uma das
atividades que eu direcionei com o 5º ano do ensino fundamental I, em 2011, foi
“Viagem de férias”. Essa atividade é uma simulação de planejamento de uma viagem
e tem como objetivo valorizar o planejamento na preparação de uma atividade.
A classe foi
dividida em grupos de até cinco participantes. Propus que os grupos
“arrumassem” várias malas para diferentes viagens, por exemplo: uma semana na
praia, uma semana num acampamento, uma semana numa fazenda etc. Após as
discussões, o grupo deveria registrar o que levaria em cada viagem. Cada equipe
expôs o que listou. Feita as comparações, refletimos sobre a bagagem organizada
para cada viagem. Os alunos entenderam que é necessário planejamento, pois, se
esquecessem de algumas coisas, poderiam ser prejudicados de alguma forma.
Sentiram a necessidade de gerar capital para a realização da viagem e de pensar
como fariam isso. Refleti com eles a necessidade de pensar nos custos com
transporte e alimentação: o custo total das refeições que fariam e, um capital
extra para comprar lembrancinhas do lugar visitado.
“Precisarei
guardar toda a minha mesada durante um ano, e ainda precisaria encontrar um
jeito de ganhar mais dinheiro. Eu poderia olhar minha sobrinha enquanto minha
tia trabalha. Teria de saber quanto ela me pagaria para saber quanto tempo eu
precisaria trabalhar. Assim, eu teria um dinheiro extra. Tudo isso só para
fazer uma viagem de um final de semana para o Rio de Janeiro, mas vale a pena
porque eu sonho conhecer aquele lugar.” (Fernanda Gabriele Júlio Renato, 10
anos, aluna do 5º ano do ensino fundamental I da EMEF Profª Maria Amélia
Wakamatsu em 2011).
Terminada
todas essas etapas, refleti com o grupo todo: O que colocariam na mala para a
busca de realização de seus sonhos? As respostas lhes ajudaram a refletir na
necessidade de planejar os sonhos, buscar meios para realizá-los, pessoas que
poderiam ajudá-los, o capital necessário e o que fariam para conseguir esse
capital.
“Eu colocaria
muita determinação, muita garra, muito estudo e muito trabalho para eu
conseguir ser médico veterinário” (Robert Júnior Vilela, 10 anos, aluno do 5º
ano do ensino fundamental I da EMEF Profª Maria Amélia Wakamatsu em 2011).
Um outro
exemplo de condições para produzir efeitos, onde há a democracia, a cooperação
e a estrutura de poder, é o que acontece em outra escola da rede municipal de
ensino de São José dos Campos. A EMEF Profª Sônia Maria Pereira da Silva, além
de realizar este trabalho com o material já mencionado, realiza um projeto,
montado e acompanhado pela professora Sandra Regina de Souza, que oferece
oportunidades aos alunos do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental de sonhar,
experimentar, resolver problemas, estabelecer metas, planejá-las, delegar
responsabilidades e cumpri-las. Este projeto é uma variação do projeto Pedagogia
Empreendedora, implantado pela rede municipal, que trouxe excelentes
resultados. O título do projeto é “Protagonistas do Futuro” e acontece por
bimestre, durante todo o ano letivo.
A professora
Sandra justificou a escolha e criação deste projeto por mencionar que “procurar
soluções para questões educacionais é sempre um desafio para os educadores.
Pois, as mudanças em nossa sociedade são rápidas demais. A cada segundo nos
chegam novas informações. Em nossa escola a rotatividade dos professores desde
que foi inaugurada permanece. A construção da identidade de nossa escola é um
dificultador . Por esse motivo acredito que este projeto vislumbra dar uma identidade
para nossa escola, dando funcionalidade.”
Sandra teve
como objetivo formar alunos cidadãos conscientes e responsáveis pelo próprio
futuro, fazendo da sala de aula um laboratório de experiências profícuas. Mais
especificamente, seu objetivo é: tornar o aluno autônomo nas decisões da sala
de aula, conscientes da responsabilidade pela sua aprendizagem.
O trabalho em corresponsabilidade
entre alunos x alunos, alunos e professores, alunos e equipe de liderança da
escola, possibilitou que os alunos aprendessem a trabalhar em grupo lidando com
as diferenças de cada um. Houve espaço para que os alunos mostrassem seus
talentos e habilidades escondidos.
“Tornar o
aluno consciente do seu dever com relação com o cumprimento das suas
responsabilidades e ciente do seu direito de ter uma excelente aula, garantia a
participação ativa, dando voz e vez a todos os alunos na sala de aula” afirmou
Sandra, “além de criar espaço para a criatividade deles”.
O projeto
consiste na criação e montagem de quatro grupos na sala de aula que assumem as
atividades propostas; as mesmas serão alternadas durante o ano letivo, a cada
bimestre, por entre os grupos da sala, que terão assim garantido o acesso ao
conhecimento por diferentes pontos de vista. Cada sala de aula terá os quatro
grupos que serão monitorados pelo professor responsável.
O professor
responsável entrega uma planilha de registros para as equipes responderem no
final de cada mês, onde os alunos registram as atividades apresentadas pelo seu
grupo naquele mês, ou justifica a não apresentação; relatam as atividades
feitas por cada um dos integrantes e seus cargos (Presidente, Vice-presidente,
Secretário(a), Tesoureiro(a), Relações Públicas, Redator, Suplentes). Precisam
relatar os problemas surgidos no grupo; o grupo responde perguntas que possibilita
ao próprio grupo se autoavaliar: O grupo participa de todas as atividades na
sala de aula? Senta em grupo nos trabalhos desenvolvidos pelos professores?
Limpa e organiza a sala nas equipes de limpeza estipuladas pelo professor
responsável? Traz material necessário para as aulas quando os professores
requisitam? O objetivo é ter o controle dos trabalhos e saber como os grupos
estão caminhando para oferecer sugestões ou orientações.
Os integrantes
do grupo devem, ainda, ficar atentos às faltas dos colegas para que não
extrapolem e tenham que fazer reposição de aula no bimestre. Devem relacionar
os alunos faltosos do grupo, justificar suas faltas e avisar o professor
responsável para que o mesmo encaminhe para a Orientação Educacional antes de
extrapolar o máximo permitido no mês ou bimestre.
As vantagens
desse projeto para a escola foram: Primeiro, os alunos já estão organizados
entre si para os trabalhos em grupo. Segundo, os próprios alunos monitoram suas
faltas e são corresponsáveis por manter a Orientação Educacional informada das
faltas dos colegas de classe, auxiliando o professor de sala de aula. Terceiro,
os próprios alunos cobram a responsabilidade de trazer os materiais necessários
para serem desenvolvidos os trabalhos de cada matéria. Quarto, os próprios
alunos tomam consciência de seu comportamento com relação aos colegas,
professores e direção. Quinto, os próprios alunos controlam a devolução dos
livros da Sala de Leitura e materiais da escola (livros didáticos etc.).
Essa metodologia
deu aos alunos da Escola Sônia Maria, autonomia de pensar e fazer, idealizar e
realizar; deu-lhes consciência de suas responsabilidades e de ser responsável
por um papel dentro de um grupo.
Por seu turno, o empreendedor coletivo tenta
provocar mudanças que conduzem à
sustentabilidade, à autossuficiência, ou seja, seu trabalho busca tornar
dinâmicas as potencialidades da comunidade, criando condições para que seus
membros sejam protagonistas, através de redes de cooperação internas e externas,
na construção do seu próprio desenvolvimento. (DOLABELA, 2003, p.48)
2.3 A feira do jovem empreendedor
O município de
São José dos Campos tem sido exemplo neste respeito. Todo ano é realizada a
Feira do Jovem Empreendedor. Esta feira tem como objetivo principal incentivar
a cultura empreendedora junto ao público jovem, sedimentando esse traço
cultural de São José dos Campos. Durante seis dias de evento, há a apresentação
e divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelos estudantes, com foco no empreendedorismo,
possibilitando espaços de informação, interação e oportunidades de negócios. Os
estudantes da escola municipais trabalham focados na elaboração de um projeto
voltado para o desenvolvimento social sustentável. No ano de 2011, os alunos do
Ensino Fundamental II da EMEF Profª Maria Amélia Wakamatsu, trabalharam na
confecção de uma chave com luz embutida para facilitar o acesso à maçaneta
durante a noite e, assim, evitar demorar na porta da casa e não dar margens a
assaltos. Já no ano de 2012, os alunos trabalharam na confecção de um alarme com
trava para bicicletas. Antes, porém, realizaram uma pesquisa entre alunos e
professores, se comprariam um equipamento desse tipo, se caso existisse. Depois
de uma resposta positiva da comunidade escolar, se debruçaram na construção do
projeto. Assim, todas as escola municipais envolvidas na Feira do Jovem
Empreendedor, tiveram uma estande para apresentar seus projetos ao público, com
direito à votação da população do melhor projeto do ano.
Com ampla
visão de oportunidades e um objetivo integrado ao cenário atual agrega-se ao
evento: estimular em cada indivíduo que acredita na possibilidade de ser
empreendedor, a inspiração para encontrar as devidas saídas e soluções para um
grande desafio, contribuindo assim, para a transformação da realidade por meio
do ato de empreender, oferecendo valores positivos à coletividade.
A Feira do
Jovem Empreendedor conta com sete estandes, com mais de 90 projetos
desenvolvidos por alunos de instituições públicas e particulares de São José
dos Campos. Em 2012, esses trabalhos foram selecionados por uma comissão
técnica do Centro de Educação Empreendedora (CEDEMP) e concorreram ao prêmio
Profissional do Futuro 2012 na categoria Ensino Médio e Técnico.
3
Considerações finais
Este artigo
pretendeu apresentar alguns aspectos da educação empreendedora e como se dá a
atuação do educador mediador na formação de um cidadão bem preparado para
enfrentar os desafios e ser bem sucedido diante das oportunidades.
Pretendeu-se
explicitar qual é o papel fundamental da educação para o empreendedorismo, para
que se desenvolva um perfil comportamental nos alunos, que serão futuros
cidadãos, bem sucedido como profissionais comprometidos com a sociedade.
A educação é o
principal fator responsável pelo desenvolvimento de uma pessoa e,
consequentemente, de um país. Já o empreendedorismo é uma excelente ferramenta
que auxilia a pessoa a crescer como cidadão e profissionalmente, através de
pró-atividade, encarar dificuldades e a busca da inovação. É de suma
importância a criação da cultura empreendedora nas instituições de ensino.
Diante do que
foi abordado, o principal objetivo deste artigo é apresentar algumas
características da Pedagogia Empreendedora, como é aplicada na rede regular de
ensino, em especial, nas escola públicas municipais da cidade de São José dos
Campos e os resultados positivos.
A metodologia
da Pedagogia Empreendedora visa à importância do empreendedorismo dentro do
contexto educacional, motivando o aluno a ter iniciativa, aceitação de risco,
autoconfiança, espírito de equipe, liderança, entre outros perfis
comportamentais e não se aplicando apenas métodos da educação tradicional. É
preciso proporcionar ao aluno condições para que possa aprender e entender o
seu meio profissional, questionando, pesquisando e descobrindo maneiras de se
tornar um profissional competente, com visão empreendedora.
REFERÊNCIAS
DOLABELA,
Fernando. A oficina do empreendedor. São Paulo: Cultura, 1999.
DOLABELA, Fernando. Empreendedorismo - A Viagem
do Sonho. Cultura Editores, AED, São
Paulo, 2002.
DOLABELA,
Fernando. Pedagogia Empreendedora.
São Paulo, Cultura, 2003
GIORGINO,
Paula dos S.; FORTES, Amanda A.; SILVA, Aline F. P.; ROSA, Adriano C. M. Empreendedorismo e Educação: Estudos dos
Pilares Educacionais. In: VIII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO
DA FATEC, 2012, Guaratinguetá. Disponível em: <http://www.excelenciaemgestao.org/Portals>
Acesso em: 01 mar. 2013
APÊNDICE A - Roteiro de
entrevista dos alunos
Atividade
“Viagem do sonho” do projeto Pedagogia Empreendedora dos Sonhos, realizada por
mim com os alunos do 5º ano do ensino fundamental I da EMEF Profª Maria Amélia
Wakamatsu em 2011:
O que você
colocaria na mala para a busca de realização do seu sonho?
APÊNDICE
B – Roteiro de entrevista com professor
Entrevista com
a professora Sandra Regina de Souza, da EMEF Sônia Maria Pereira da Silva em
2010:
Por que você
decidiu elaborar este projeto?
Quais foram os
problemas que você encontrou nessa instituição que a motivou a buscar meios de solucioná-los?
O que você
esperava quando elaborou o projeto “Protagonistas do futuro?”
Quais eram
seus objetivos?
Quais foram os
passos do projeto?
Quais
resultados você observou?
Agradecimentos
Agradeço aos
alunos das escolas Profª Maria Amélia Wakamatsu e Profª Sônia Maria Pereira da
Silva, da rede municipal de São José dos Campos, participantes dos projetos
Pedagogia Empreendedora dos Sonhos e Protagonistas do Futuro. Agradecimento
especial à professora Sandra Regina de Souza pelos depoimentos.
Agradeço,
acima de tudo, a Deus por permitir a realização desta especialização e à
família que, incondicionalmente, ofereceu seu apoio.
São
José dos Campos, 19 de março de 2013
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